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Mostrando postagens de agosto, 2015

Amor, Não Lhe Darei Nomes

Amor, Não Lhe Darei Nomes Escrevo versos; devagar divago e indago se vivo. Vivo? Vivo? Vivo talvez porque me entristeço. Sonho contigo às duas da madrugada de uma noite noir; você  insensivelmente vai embora: serás tão recatada? Dou adeus à janela do vigésimo terceiro andar e caio à revelia, até que o chão  faça-se síntese. Amor, não lhe darei nomes.

Soneto da Incerteza

Soneto da Incerteza Ao estar certo me convém ter incerteza, pois sei que tecer verdades é ato vão. Sobre o tecido da verdade e da franqueza, passa o tempo: deixa apenas o algodão. Dura não mais, a verdade, em minha vida, que as histórias fabulosas da infância. O tempo corre e, gentil, dá-me guarida para descobrir minha verdade na alternância. E todos os engodos e os enganos passados foram meias mentiras e meias verdades que me permiti acreditar levianamente. Por isso quero meus fatos reinventados: ainda que reduzam meu ser a metades, me darão força para seguir adiante.