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Mostrando postagens de julho, 2016

Momento Textual #6: Sylvia Plath - Mirror (Versão)

É difícil esse sentir, há tanto que queríamos (fosse) diferente. Mirror, de Sylvia Plath. (Versão minha). "Espelho Sou prata e exato. Não tenho preconceitos. O que quer que eu veja, de imediato aceito. Da forma como é, sem sujar com amor ou desprezo. Não sou cruel, apenas verdadeiro — O olho de um semi-deus, tenho quatro cantos. Na maior parte do tempo, medito na parede oposta. Ela é rosa, e tem manchas. Já olhei tanto para ela Que penso ser parte do meu coração. Mas cintila. Faces e trevas uma vez mais nos separam. Agora sou um lago. Uma mulher se curva sobre mim, Procura em meu contorno o que ela é de verdade. Então se volta aos mentirosos, as velas ou a lua. Eu a vejo de costas, e fielmente a reflito. E ela me presenteia com lágrimas e mãos agitadas Sou especial para ela. Ela vem, e vai. A cada manhã, é a sua face que toma o lugar da escuridão. Em mim afogou uma garota, e em mim uma velha Ergue-se rumo a ela, como um peixe que se estraga."

À minha alma

À minha alma Ah, essência crua de minha alma: em ti habitam tantos espectros do sentir e tantas lágrimas que derramo pelas realidades que me permeiam! Pudesse eu gentilmente aceitar quando me inundas feito cascata, quem sabe houvesse menos tristeza em dias seletos do meu porvir. Mas e o amor, presente estaria em outros cantos de meu andar? Crua alma minha, fosses tu mais estéril, em minha face não haveria rugas mas em em meu peito habitaria o nada.

Vã me dizes

Vã me dizes Entrega-me de vez o fascínio de teus olhos, estas névoas quentes do teu eu a contemplar o delírio dos dias e a perder o tempo dizendo adeus aos instantes que me restam: meu olhar se esvai com as palavras que vã me dizes a sorrir, quando já não me queres dizer nada mais.