Morro dos Ventos
Morro dos Ventos
Eu já não seria mais eu
Se alheio ao que eu sinto
De repente anunciasse
Que sozinho eu só cogito
A tua forma, e não reflito
O teu enlevo
Ah!, meu bem,
Que se ao fogo inclino
Não esqueço o vício
Do teu lábio
E me convenço
Que não te esqueço:
Eu sou consenso
Do amor que te relevo
Mas eu não nego
Teu corpo intempestivo
Onde não mais me afogo
Nem sinto o córrego
Do teu toque lascivo
E que hoje me é análogo
A um soluço
Porque nestes dias só aguço
A solitude da dor
Dos braços meus, sozinhos
E das minhas mãos
Sem tuas mãos
A se encontrar
E quandos os ventos
Afagam meu cabelo
Eu só lamento
O meu rosto paralelo
Ao teu:
Eu vejo um norte azul,
Ficaste ao sul
Do rosto meu.
E vc que disse que não tava querendo escrever, hein?! rs
ResponderExcluirMuito bom!
Também gostei da poesia. Ela é mais significativa do que parece, principalmente por dar uma impressão de algo muito explícito, mas que na realidade não é.
ResponderExcluirO finalzinho rima tão bem.
ResponderExcluirE...
"Eu sou consenso
Do amor que te relevo"
É foda eu ficar me elogiando, mas achei esses dois versos de um significado enorme.
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