O Que Fica não São as Palavras

O Que Fica não São as Palavras

Uma PALAVRA para me definir,
E a mim, todas nossas VIVÊNCIAS,
É algo quase SURREAL.
Um ato INCONSTITUCIONAL
No CORPO da minha constituição.

Eu quero BEM insensato,
Que possamos sentir o GOSTO
Que tem a fruta sem CAROÇO
E o vapor dos LEGUMES cozidos,
No AZEITE da alma mais sincera,
E ao CALOR da pessoa mais cara.

Pois sei que iremos ENCONTRAR
A BELEZA completamente ignorante
Das COISAS ruins deste mundo.
E o BEIJO totalmente inconstante
Na BOCA voraz e insistente
Em trazer o TOQUE dissonante.

Vai ver seja só eu CARENTE
Sem nenhum valor SEMÂNTICO
E inteiramente sem ORDEM.
Mas se é um delíro ROMÂNTICO,
Para mim ele é SUFICIENTE,
Então peço, não me ACORDEM.

É que dentro de mim há CONFIANÇA
Que somos DANIEL sem cova e sem leão,
Cais, CAROL e canção,
ANA, céu e a lembrança
Do tempo passado, a CORRER sem razão.

E se uns falam que somos CHATOS,
Outros dizem que somos LEAIS.
E se uns acham-nos INGRATOS,
Outros nos chamam LEGAIS.
E se a maioria me acha ESTRANHO,
Eu sou eu, e eu amo o VOCÊ.

Pois todos somos ENGENHEIROS
Da nossa própria CONSTRUÇÂO.
Então qual mal há em PULAR,
Sem MEDO algum de cair,
E sem temor de SORRIR,
A cada momento de PRAZER?

Porque não é preciso FORÇA para perceber,
Naquele sonho sem SENTIDO,
Feito de abraço e de CARINHOS,
Que mesmo se PERDERMOS a fé,
Haverá ALGUÉM a nos fazer entender,
Que jamais estaremos SOZINHOS.

Muito OBRIGADO a todos!

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Nós somos um verbo que insistentes conjugamos

Amigos, redes e tardes

Capim-verde II