Sete Estrofes para Sete Amigos em Ouro Preto

Sete Estrofes para Sete Amigos em Ouro Preto

E conforme a lua me despertasse
E minguante a saudade se fizesse
O travesseiro salteou meus sonhos
Com um punhado de sorrisos coloridos
Da cor dos que há muito não se vêem.

E conforme insinuante se mostrasse
E sinuosa a rota se estendesse
(Que assim também o é a vida)
Meu tempo já não contava segundos:
Contava intensos, e extensos, os instantes.

E conforme nossas mentes mentassem
Sobre a infinidade de coisas do mundo
E sobre as coisas infindáveis da mente
Ali, bem ali, o encontramos:
Parte amigo, parte mestre.

E conforme o dia passasse
E o tempo resoluto se diluísse
Os sorrisos faziam oferendas
Às amizades já sintonizadas
Em frequências de outros tempos.

E conforme o violão tocasse
E os versos se recitassem
Os ventos sopravam lateralmente:
Éramos santa e pura essência
Da certeza indômita do caminho.

E conforme os risos se prolongassem
E as lágrimas se recolhessem
Decidimos traçar outros rumos
Percorridos por velhas estradas
Mas que levarão a novos destinos.

E conforme a volta ocorresse
E as memórias se condensassem
Meus olhos já não viam início,
E o fim não mais se perfazia.
Mas eu era muito mais pleno.

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