Dia Após o Outro

Tá sendo muito legal a experiência do blog, neste curto tempo. Mas a única coisa que eu tenho certeza é que meu tempo não é medido em segundos, mas em intensidade, e por isso gostaria de agradecer os comentários. Aprendi que é com a ajuda dos outros que a gente evolui, e por isso é tão importante ver o que aqueles que gosto pensam sobre o que eu coloco aqui. Mais uma vez, obrigado!

Hoje postarei "Dia Após o Outro". Normalmente não revelo o porquê dos títulos, visto que em muitas poesias eles são a parte mais significativa da poesia inteira. Mas abrirei uma exceção desta vez. "Dia Após o Outro" vem sendo construída dia após o outro desde que eu tinha pouco mais de dez anos, e terminei ela logo no inicinho deste ano. Não vou revelar mais nada aqui, mas desejo que apreciem:

Dia após o Outro

Vivo sobre as paredes
Das minhas convicções.
Sinto o frenesi das escolhas,
Encruzilhadas sem fim.

Caminho sobre a linha
De decidir em consciência
Abandonar minha mente e
Exaurir minha alma.

Sinto tanta falta de vida
Que já não tenho mais fôlego.
Mas vislumbro, ao meu alcance, 
Um sonho meu de menino.

Então prossigo, angustiado.
Que é que devo fazer?
Viver nesta sofreguidão,
Me atormentando nas colheitas
Destas inúteis palavras?

Mas eu fiz alguns amigos
Que me disseram que não...
Mostraram-me que o riso no fim,
Abranda a névoa dos meios,
E que o sabor da luz,
Revela a treva do caminho.

Então corro por estes campos
Abarrotados de sonhos
Que o cotidiano proporciona
Na esperança de encontrar alguém
Que do algo confunda-me ser

E quando assim o fizer
Desfrutarei então destes dias
Completamente sincero 
E com a mesma emoção,
Que existe em cada manhã.

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