Soneto do Amor Real
Soneto do Amor Real
Amo-te, antes que eu te encontre
Amo-te, antes que eu te encontre
e amo-te tanto que não te amo,
como ama o amor polígamo,
mas como ama o amor silvestre.
Amo-te porque és imperfeita,
Amo-te porque és imperfeita,
já que imperfeito sou também.
Amo-te por estares satisfeita
por me amares, e não outrem.
Amo-te tanto, e com tal intensidade,
Amo-te tanto, e com tal intensidade,
que ao amar-te líquida eu derramo
a volúpia inteira do amor real
e porque quando quiseres a verdade
e porque quando quiseres a verdade
da unívoca razão pela qual te amo,
saberás: amo-te porque és realidade.
Belíssima poesia.
ResponderExcluirComo já disse antes, é algo bem dentro do que penso. A realidade, seja ela do amor ou não, nunca é tão bela quanto queremos falsear para que ela seja, e o estranho e paradoxal é que é justamente por isso que ela é bonita.
O amor real, vivido, sentido ali nas visceras das dificuldades é o que gosto de viver, mas como sempre e quase tudo: é uma escolha.
A realidade é a única coisa que existe. Daí suas possibilidades e beleza.
ResponderExcluirQuando eu penso em qualquer tipo de perfeição, nunca deixo de lembrar de uma frase, que vi em um filme que se não me engano se chama Vanilla Sky: "O doce não é tão doce sem o amargo."
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ResponderExcluirFui ver e é de Vanilla Sky sim! Faz bastante sentido sim!
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